Mel x açúcar: o que considerar se tiver que escolher entre os dois? Índice glicêmico, calorias e mais
Apesar de o mel ser visto como uma alternativa mais natural e saudável ao açúcar refinado, as diferenças entre os dois são pequenas e o consumo em excesso de qualquer um deles pode trazer impactos semelhantes para o metabolismo. Em ambos os casos, é importante ter moderação.
As nutricionistas Marcela Arena e Marina Yazigi e a endocrinologista Samille Coelho explicam o que realmente muda entre os dois tipos de açúcar, o que considerar ao escolher e como reduzir o paladar doce no dia a dia.
Por que o mel é visto como mais saudável
A percepção de que o mel é mais saudável está ligada ao fato de ele ser um alimento natural, produzido por abelhas a partir do néctar das flores.
🍯O mel contém glicose, frutose, água e pequenas quantidades de compostos bioativos — como polifenóis, vitaminas e minerais.
🧁O açúcar de mesa é obtido da cana e composto basicamente por sacarose.
“Essa diferença gera a impressão de que o mel é mais nutritivo, mas as quantidades de vitaminas e minerais são muito pequenas e raramente oferecem um benefício relevante na prática”, afirma Yazigi.
O que muda na composição nutricional
O mel contém glicose e frutose livres, enquanto o açúcar refinado é formado por sacarose — um carboidrato que precisa ser quebrado no intestino para liberar essas duas moléculas antes de ser absorvido.
Segundo Arena, isso significa apenas que o mel é absorvido um pouco mais rapidamente, poupando uma etapa enzimática, mas “a utilização desses nutrientes pelo organismo acontece da mesma maneira”.
Na prática, ambos fornecem energia semelhante: o mel tem um pouco menos calorias por grama, pois contém mais água, mas essa diferença é pequena. Ex: 50 g de mel tem 162 kcal e 50 g de açúcar refinado tem 197 kcal.
Mas quando a comparação é feita em termos de colher, uma colher de mel (cerca de 21g) tem 64 kcal e uma colher de açúcar refinado (cerca de 12,5 g), tem 48 kcal.